Desde que Nicole, papel de Marina Ruy Barbosa em "Amor À Vida", começou a fazer quimioterapia e a
perder os cabelos, o público passou a se questionar se a atriz rasparia a cabeça de verdade ou usaria uma máscara de látex. Na noite desta quarta-feira (10), Walcyr Carrasco, autor da trama, colocou um ponto final no mistério e anunciou que a atriz não precisará raspar o cabelo.
perder os cabelos, o público passou a se questionar se a atriz rasparia a cabeça de verdade ou usaria uma máscara de látex. Na noite desta quarta-feira (10), Walcyr Carrasco, autor da trama, colocou um ponto final no mistério e anunciou que a atriz não precisará raspar o cabelo.
Walcyr contou que tomou a decisão por conta dos inúmeros pedidos dos fãs de Marina. De fato, antes de ser divulgado se ela rasparia ou não a cabeça, choveram pedidos no Instagram da atriz para que ela não tosasse os cabelos.
Uma seguidora de Marina na rede social, thamiressl, implorou para a atriz: "Por Favor!!!! Não raspa seu CABELO!!!". Outra seguidora, babigalvaoo, criticou Walcyr Carrasco. "Se o Carrasco te obrigar a raspar, paro de assistir a novela. Ele tá gagá", opinou. A seguidora Karoline Queiroz também disse que não assistiria mais à novela caso Marina raspasse as madeixas. "Pelo amor de Deus, não faça isso! Se possível, quebre o contrato!", aconselhou.
Marco Antônio de Biaggi, cabeleireiro de Marina, desde o início mostrou-se contra a raspagem dos cabelos da ruiva para a novela. "Eu não apoio. Marina é a rainha da mídia social, todas as fotos dela vão parar nos Trending Topics do Twitter. Quando publico uma foto dela, ela vira uma rainha absoluta e sinto que é quase uma unanimidade. Marina elevou o ruivo a um novo posto. No salão, o tom dela se tornou o mais pedido, assim como os cachos e o repicado", explicou.
Em uma enquete feita pelo UOL, 74% dos internautas afirmaram que Marina não deveria raspar os cabelos, mas sim usar uma peruca na cena.
Ao contrário de Marina, outras atrizes não titubearam antes de cortarem seus cabelos por conta de trabalhos na TV e no cinema. A reportagem do UOL conversou com algumas delas. Leia, abaixo, o que elas contaram sobre suas experiências:
LARISSA MACIEL: Interpretou a egípcia Sati em "José do Egito", da Record, em 2013
Raspei convicta de que ia ser bacana para a Sati, que é uma mulher sensual. Achava que por uma questão de postura, ficaria melhor fazê-la careca. Acho que você vê mais pescoço, era uma coisa que os egípcios faziam. Teria a opção de usar maquiagem e não precisar raspar. Mas gosto de me entregar. Sabia que ia me sentir mais à vontade. Toda vez poderia tirar a peruca e passar a mão na cabeça, sem me preocupar com a maquiagem. Queria ter toda a liberdade de fazer sem me preocupar com o recurso técnico. Amei a experiência toda. E continuei me sentindo bonita. Acho que todo mundo devia raspar a cabeça. Carregar uma cabeça sem cabelo te dá uma segurança. Recebi muito elogio e cantada dos homens. Tem uma coisa meio de fetiche. Achei divertido. Não foi uma coisa ruim.
RACHEL RIPANI: Interpretou a Tatiana de "Caras & Bocas", da Globo, em 2009
Para mim foi uma coisa que o Walcyr Carrasco decidiu no meio da novela. Aceitei porque achei que era um debate bacana a ser feito. A personagem tinha câncer de mama. Mas não é fácil para nenhuma atriz. A primeira vez que me vi sem cabelo foi em cena. Como você nunca se viu, você pensa: 'e se eu odiar?'. Achei muito intenso. Podia dizer não, mas resolvi aceitar o desafio. Para mim teve uma coisa de assumir o que o autor queria.
Queria que fosse de verdade. Na época encontrei pessoas que estavam passando pela mesma situação e vi como elas se sentiram representadas. Mas foi bem sofrido ficar sem cabelo. Nenhuma roupa minha combinava. Usei peruca umas duas semanas porque tinha vergonha. As pessoas do hotel onde estava hospedada no Rio para gravar a novela perceberam porque comecei a pedir café no quarto. O pessoal do café um dia me ligou e disse: 'a gente acha que você está linda'. Chorei para caramba e voltei a descer para o café.
CAMILA MORGADO: Interpretou Olga Benário no filme "Olga", em 2004
Quando fui chamada para fazer a Olga, sabia que teria que raspar a cabeça. Sempre tive vontade, mas nunca tinha tido coragem. Foi uma ótima oportunidade. Sempre tive curiosidade de ver como ficaria careca. Não parei para pensar que rasparia porque estava realmente voltada para o trabalho. "Olga" era um filme que me tomava muito. Mas foi ótimo. Quando você está mesmo envolvida com o trabalho, você se doa.
RUNA DI TÚLIO: Viveu a Sônia em "Máscaras", da Record, em 2012
Sempre levantei uma bandeira que pela minha profissão mudaria o visual. Acho que é até um presente que a gente tem, experimentar vários cabelos, cores. Por causa da profissão já fui loira, ruiva, morena. Pessoalmente, foi uma experiência incrível porque acho que nós mulheres temos muita vaidade com o cabelo. Graças a deus estamos com saúde, então dificilmente tomamos essa decisão. Mas descobri a graça de não ter cabelo (risos).
BABI ROSSI: Panicat raspou a cabeça ao vivo, durante o "Pânico na Band", em abril de 2012
Não me preparei. Fui pega de surpresa e no momento de raspar pensei que seria adiado para pensar um pouco mais, consultar minha família, já que ninguém sabia de nada. Minha avó passou mal, e eu não fazia ideia da repercussão. Além disso, não fui remunerada para raspar a cabeça, ao contrário do que dizem. Não foi algo pensado, algo que fiz para mudar a minha vida financeiramente. Fiz no susto. Depois é complicado: chegar em casa de lenço na cabeça, não ter que usar secador, hidratar os cabelos. E ainda tem a adaptação em se aceitar, de olhar no espelho e às vezes não se reconhecer.
*Colaboração de Renato Damião
Fonte: Uol
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